
Quem foi Vasconcelos, ex-jogador do Santos? Na edição do dia 5 de fevereiro de 1971, PLACAR publicou um perfil cujo título define o craque esquecido e, de repente, neste instante, midiaticamente ressuscitado por Pelé: "Ele era um ‘rei’ em Santos. Em campo era uma fera; fora, Vasconcelos era um boêmio". E o texto da matéria começa por isso: "Em 1956 a camisa dez do Santos pertencia a Vasconcelos, ídolo da torcida.Até quebrar a perna em uma luta de bola. Aí foi substituído por um crioulinho de dezesseis anos, calado e de pernas nas, chamado Gasolina. A leitura deste parágrafo seria suficiente para aceitar a sentença de Pelé que percorreu websites e jornais estes dias. Sentença que poucos compreenderam por desconhecer o que PLACAR refrescava mais de 40 anos atrás, quando Vasconcelos ainda estava entre nós, uma década depois de pendurar as chuteiras.Eu não vi jogar esse interessante meia-esquerda do Santos dos anos 1950; aliás, no momento em que se escutou o ruído seco daquela fratura eu tinha só 6 anos. Você seguramente bem como não o viu jogar e a televisão mal nos ajuda, hoje, em razão de ainda não havia se instalado nos gramados pra nos trazer sua magia até nossos dias.Grande da Harmonia206 Está bem16 de Julho de 199936 "Vamos ao Planeta de Piccolo!" Um Novo Destino quatrorze de Fevereiro de 1990Não haveria tal debute aos dezesseis? Teria atuado pela Suécia? Vasconcelos tinha o apelido de ‘Bagaço’, pelo vício de chupar laranja antes dos treinos. Tua localização, adiantado pela esquerda, chegando ao gol. O jovem mineiro se firmou pela equipe de aspirantes apenas em 1949, como meia-direita, por causa de Jansen, convocado para o selecionado olímpico, atuava pela meia-esquerda naquela formação do clube cruzmaltino, como leio no sítio ‘Tardes de Pacaembu’.Sobravam craques. Principlamente desse Vasco. De 1945 a 1952, não em irão foi apelidado de Esquadrão Imortal. Ser titular de primeira não era para cada um. Alfredo, Ipojucan, Ademir, Maneca e Djair eram intocáveis no clube da faixa preta cruzada no peito. Era tempo também do tal de Heleno. De Friaça, Tesourinha… Uma pessoa comentou que Vasconcelos não era menos que nenhum deles, porém que imediatamente bebia, porque um carinho abandonado em BH, e desta maneira não aproveitou as poucas oportunidadess que teve pela equipe principal. Campeonato Paulista, o Santos encerra o jejum de vinte anos sem o título estadual. Vasconcelos participa de vinte e quatro jogos dos vince e seis disputados, sendo o vice-artilheiro da vitória com treze gols.Emmanuele Del Vecchio, com 23 tentos, é o goleador e logo, por ser filho de italianos, é transferido ao calcio (Verona, Napoli, Padova e Milan), aonde talvez tivesse ido Vasconcelos se não se houvesse fraturado sua perna mais hábil. Vasconcelos, parece, era o melhor "assistidor" daqueles tempos, principlamente de Do Vecchio… Pena que a imprensa não contabilizava os "passes de gol" como hoje conta com precisão de perito mercantil.Nesse ido 1955 o "dez vezes Neymar" joga, no time titular, junto a Manga; Hélvio e Ivã; Ramiro, Formiga e Zito; Alfredinho, Álvaro, Do Vecchio, ele (Vasconcelos) e Tite. Assim como atuaram Barbosinha no gol; Wilson e Feijó pela zaga; Sarno e Urubatão no meio; e Carlinhos, Negri, Pagão e Pepe no ataque.Só Ramiro, na lateral direita, teve mais presenças do que ele, vinte e cinco, uma a mais só. Isto é, a bebida não parecia afetar a titularidade do ídolo que imediatamente Pelé reconhece publicamente. O Santos é campeão com 40 pontos, perseguido pelo Corinthians com trinta e nove e com dois pontos a mais que o São Paulo, que teve melhores resultados, nos chamados critérios técnicos, que o time que o Rei imortalizaria. Porém, individualmente, ninguém jogou tanta bola quanto Vasconcelos. As crônicas resgatam palavras de cronistas que o viram e aplaudiram e de seus ex-companheiros. Veja o que eu leio em ‘Que encerramento levou? Terceiro Tempo: "Foi um dos principais jogadores do Peixe de todos os tempos", se recorda o jornalista Paulo Roberto Martins. Um dos ídolos da torcida do Santos", lembra Pepe. O desdém do desfortúnio de Mauro Ramos de Oliveira.O precursor, ao acaso, da Era Pelé no Santos. Num dia de jogo pela Vila Belmiro pelo Paulista de 1956, Waldemar de Brito e Dondinho chegaram com Pelé, que aos 15 anos vestia calças compridas pela primeira vez e nunca tinha visto uma cidade e um estádio tão grandes. O fedelho, que estava ansioso para entender Zito, foi ao vestiário ao fim do jogo e conheceu todos os cobras do Santos.